quarta-feira, 30 de junho de 2010

Homilia, quarta, 16 de junho de 2010

Jesus fala neste evangelho que não devemos fazer as boas ações para sermos vistos pelas outras pessoas. Não que devamos nos esconder dos outros para fazer coisas boas, mas fazê-las com a intenção de dar glória a deus, ou seja, obedecer-lhe, agradar-lhe... Não importa que ninguém nos veja, pois a única coisa que queremos é agradar a deus e nada mais.

Se fazemos as boas obras para os outros nos verem e elogiarem, então já recebemos a recompensa, pois era isto que queríamos, que os outros nos vissem. Mas não recebemos a recompensa de deus, que nos retribui pela boa intenção que temos ao fazer as coisas.

Por isto devemos ter gosto em fazer boas coisas sem que ninguém saiba e talvez nunca venha a saber, pois queremos apenas agradar a deus.

Também não faz mal que outros nos vejam fazer boas obras, pois Jesus também disse: “que os homens vejam vossas boas obras e deem glória a deus”. Mas nossa intenção não é que os outros nos vejam, mas sim dar glória a deus.

Jesus fala que na ajuda aos outros a mão esquerda não deve saber o que faz a direita, ou seja, não devemos ficar nem nós mesmo nossas boas obras, para que o orgulho não nos alcance.

Não mostrar aos outros o rosto sofrido que jejua, mas mostrá-lo mais alegre ensina-nos também a sofrer em segredo, tanto quanto possível. Não reclamar diante de muitos sofrimentos que temos durante o dia é uma bela maneira de concretizar este ensinamento. Por exemplo: não reclamar do frio, do calor, da fila que não anda, da pessoa inconveniente, da água ou luz que faltou, da comida que não está tão gostosa como gostaríamos etc. Sofrimentos que o pai vê no escondido da nossa alma, como o jejum feito com reta intenção só para deus.

Exercitamos esta virtude da reta intenção. Quando percebermos que estamos fazendo boas obras para os outros no verem, retifiquemos a intenção dizendo a deus: está obra é para tua glória, senhor.

A eucaristia nos ensina a termos reta intenção, pois no ofertório juntamos nossas obras a perfeita obra de cristo da reconciliação da humanidade. Que a virgem Maria, que sempre teve reta intenção em tudo o que fazia, nos ajude em nossa santificação. Amém.

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