domingo, 25 de julho de 2010
Festa do Motorista e do Agricultor
Após as boas vindas dada pelo Pe. Darvan, houve um momento muito forte, onde uma família proprietária de uma empresa de transportes relatou o fato acontecido hà uns dias em que um motorista sofreu um acidente saindo ileso do acontecido, mostrando que a mão de Deus está presente naquele momento. Deixou a seguinte mensagem a todos:
Mensagem
Nossa homenagem aos Motoristas que dirigem com responsabilidade, que respeitam a velocidade e as distâncias entre os veículos, que evitam mortes e tragédias muito maiores.
Aos Motoristas que tem uma história de vida nas estradas, de felicidade; que tem a consciência tranquila e sem pesos de monstruosidades cometidas e, principalmente, ao apoio aos companheiros de estrada muitas vezes não precisam de prejulgamentos infundados.
A frase de parachoque de caminhão que muitas vezes vocês utilizam em seus caminhões: "Dirigido por mim guiado por Deus", nos leva a uma momento de reflexão de que as coisas tem o seu valor e hora certas de acontecer e que é Deus que está guiando todos vocês nestas horas e momentos.
Gostaria, neste momento, de salientar o episódio com o motorista de nossa empresa há poucos dias e que está aqui entre nós hoje e que comprova que Deus o estava guiando neste momento."
sábado, 24 de julho de 2010
Encontro de CEBs adiado
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Encontrão Diocesano de CEBs
Preparando o Encontrão de CEB's de 2011, acontecerá dias 31/07 e 01/08 um encontro de memória, estudo e aprofundamento do que são as Comunidades Eclesiais de Base (CEB's) com a participação de representantes de todas as paróquias da diocese. Palestrantes: Padre Marins e Irmã Teolide. Local: no salão da Paróquia São Cristóvão/Pelotas. Horário: sábado, das 14h às 18h; domingo, das 8h30 às 17h. . Outras informações pelos telefones 3273-4878 e 3221-3035.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Homilia XV domingo do Tempo Comum ano C
No Evangelho de hoje Jesus confirma a resposta do Mestre da Lei. Para ter a vida eterna é necessário amar a Deus de todo o coração, com toda a alma, com toda a força, com toda a inteligência e amar também ao próximo como a si mesmo. Noutra passagem Cristo afirma que estes dois preceitos – amar a Deus e ao próximo – são os mais importantes e neles estão resumidos todos os outros. Inclusive os Dez Mandamentos são um desdobramento deles – os três primeiros referem-se ao amor a Deus e os sete últimos ao amor ao próximo.
O Mestre da Lei, no entanto, segundo concepção da época, acreditava que próximos eram somente aqueles considerados amigos ou tivessem proximidade por parentesco, nacionalidade, simpatia etc. Jesus em Mt 5, 43 chega a lembrar o espírito do Antigo Testamento que dizia “amarás o teu próximo e odiarás teu inimigo”. E por isso mesmo, achando que o Senhor estava exagerando no amor ao próximo pergunta: “E quem é o meu próximo?”.
Jesus responde a esta pergunta com a parábola do Bom Samaritano. Lembremos que os judeus e os samaritanos eram inimigos, nem sequer dirigiam-se palavras uns aos outros. Um ódio velado envolvia a relação mútua. Na dita parábola um judeu foi espancado, assaltado, deixado praticamente morto... Um sacerdote – portanto um judeu também como este homem – não socorreu seu conterrâneo. Igualmente um levita judaico. Para aumentar o drama da parábola, ambos eram homens religiosos que, portanto, presumiam um grande amor a Deus; no entanto pela atitude deixam claro que não amam a Deus, pois não amam o próximo. Para ver se amamos a Deus, verifiquemos como está nosso amor pelo próximo. Este amor a Deus do sacerdote e levita é uma religião de fachada, que necessitava de conversão.
Aparece o samaritano. Inimigo do judeu ferido. Ao vê-lo tem compaixão, aproxima-se, faz curativo, leva-o a uma pensão, gasta seu dinheiro para cuidar da sua vida.
Jesus faz o Mestre da Lei refletir que o samaritano, apesar de tradicionalmente não se dar com o judeu, foi também próximo dele, fazendo-o perceber assim que deve-se amar a todos, mesmo os que querem considerar-se inimigos pessoais: “Vai e faze a mesma coisa”.
O cristão deve, neste sentido, amar todas as pessoas, mesma as que não o querem bem, e, especialmente os necessitados. As pessoas que nos fazem o mal devem receber em troca nosso amor, compreensão, perdão, oração e jamais a vingança. O cristão não deve fazer o mal a ninguém, nem mesmo aos que lhe fazem o mal.
O cristão deve ser modelo de ajuda aos necessitados, como o Bom Samaritano da Parábola de Jesus. Nossas comunidades, junto com a Liturgia e a Catequese têm de ser especialista na ajuda aos necessitados, aos que nesta vida estão desprovidos daquilo que é mais elementar na vida de um ser humano, a saber: amor, compreensão pelos seus erros, fé, saúde, comida, orientação, solidariedade, teto, lar, consolo, companhia, educação, trabalho, vida digna, defesa de seus direitos, voz na sociedade etc.
Como seguidores de Jesus, o Bom Samaritano da humanidade, que estamos fazendo? Em que estamos realmente ajudando as pessoas que precisam do nosso amor? Como recebemos os pecadores que se aproximam de nós? Vamos até eles? E os pobres?
Tão importante quanto a Liturgia e a Catequese é o serviço aos pobres. Como está vivendo esta dimensão fundamental da fé a Igreja que está em Piratini e que somos nós? Como está nosso trabalho com os pobres, com os doentes, com os idosos, com os drogados, com os enlutados, com os afastados da fé etc.?
Como está o nosso amor por aqueles que não nos querem bem, e pelo contrário, até nos fazem o mal?
Para conseguirmos amar verdadeiramente todas as pessoas é necessário que amemos em primeiro lugar Deus. Não nos é difícil amá-Lo quando compreendemos que Ele é o nosso Bom Samaritano. Ele nos tirou do estado de morte do pecado onde estávamos caídos. Ele curou nossas feridas com o Seu perdão infinito. Ele colocou-nos em Sua pensão que é a Sua amada Igreja, e ali nos cuida. Ele inclusive morreu para que nos restabelecêssemos. Contemplando esse amor infinito e experimentando-o, capacitamo-nos também a amar todas as pessoas feridas pelo pecado próprio e alheio.
O mundo passa por uma fase em que não se dá mais importância ao amor de Cristo e ao amor a Cristo. Na prática não se valoriza Deus. Devemos, na contramão da moda atual, experimentarmos Seu amor – através de um encontro pessoal com Ele – e amá-Lo de todo coração, com toda alma, com toda força, com toda inteligência. Só assim amaremos verdadeiramente o ser humano, ao contrário do que ocorre atualmente, que se fala tanto de humanismo, mas paradoxalmente se interpela e se comete, até com certo costume, atentados contra o próximo, manifesta-se grande indiferença à vida humana.
É na Eucaristia que Jesus manifesta mais fortemente Sua atitude de Bom Samaritano para conosco. Sejamos também Eucaristia para os demais.
Peçamos à Santíssima Virgem que como Mãe solicita de todos nos ajude também amar Seu Filho sobre tudo e a todas as pessoas como Deus quer.
domingo, 4 de julho de 2010
Homilia solenidade de São Pedro e São Paulo
Neste Evangelho vimos que São Pedro professa corretamente a fé: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”.
Jesus lhe responde dizendo que quem lhe revelou isto foi o Pai e não um ser humano. Pedro recebe uma graça especial para isto. Não é sua inteligência, sua capacidade que fizeram com que professasse corretamente a fé, mas uma graça extraordinária que Deus lhe concedeu. Este fato indica que aquilo que o Senhor concede à Igreja como um todo, ou seja, professar corretamente a verdadeira fé concede individualmente também á pessoa de Pedro.
Jesus promete que o poder do inferno nunca poderá vencer a Sua Igreja. Isto equivale a dizer, entre outras coisas, que ela nunca errará no ensino solene da fé, como Pedro, no Evangelho de hoje, que não errou a profissão da fé devido ao poder de Deus que atuou nele. Pedro – e sua fé – é a pedra sobre a qual Cristo constrói Sua Igreja. Ou melhor, Cristo é o fundamento único da construção da Igreja, mas Ele concede ao frágil Pedro esta sua virtude divina, a fim de garantir à Sua Igreja a ortodoxia da fé.
Jesus sabia que isto se faria necessário, pois quando Seus discípulos entrassem em desacordo em matéria de fé ou moral cristã, saberiam que Pedro era não só o sinal da unidade, mas também a segurança da unidade. Ele não poderia errar no ensino solene da fé ou moral, como também a Igreja não poderia. Se Deus não desse esse dom à Igreja e a Pedro, como poderíamos ter segurança de que professamos, ensinamos e vivemos a verdadeira fé, aquela que Cristo ensinou aos Apóstolos? Como ter certeza de que o tempo e o pecado humano não deturparam e não deturparão a Santa Fé?
Sabemos que Pedro morreu em Roma, como Bispo daquela cidade. Pedro morreu, mas seu ministério deve continuar na Igreja até o fim dos tempos. Caso contrário a garantia da fé correta, sem erro não poderia continuar. Por isso todos os bispos de Roma são os Sucessores de Pedro na Igreja. Assim, desde o início da Cristandade, os cristãos de todo o mundo sempre olharam para Roma como lugar onde estava Pedro em seu ministério de garantir a verdadeira fé, e, portanto, a unidade de todos os discípulos do Senhor.
O Bispo de Roma é chamado carinhosamente pelos cristãos de Papa. É por isso que o dia de São Pedro e São Paulo é chamado também de dia do Papa; e as ofertas de hoje serão enviadas a ele, como Óbolo de São Pedro, para que o Papa ajude nas maiores necessidades da humanidade.
Hoje também o que nos garante que estamos recebendo, professando, ensinando e vivendo a verdadeira fé cristã, que estamos interpretando corretamente a Palavra de Deus, é nossa comunhão plena com a Igreja Católica que tem o Sucessor de Pedro como fundamento visível de sua fé e unidade.
Como sabemos, o Sucessor de São Pedro é Bento XVI. Ele é a pedra sobre a qual Jesus constrói Sua Igreja nos tempos atuais. Estar unido a ele é a garantia dada por Jesus Cristo de estar no caminho certo e de estar usufruindo de todos os meios de santificação e salvação que o Senhor deixou à Sua amada Esposa.
Dito isto, gostaria agora que cada um se perguntasse: “Por que sou católico? Por que sigo este caminho e não outro?” Devemos ser profundo ao respondermos esta questão fundamental. Não poderia responder que sou católico só porque fui batizado na Igreja Católica. Ou porque meu pai e minha mãe eram católicos. Por costume ou por simpatia. Nenhuma destas respostas é suficiente.
O motivo profundo, último e decisivo de eu ser católico deve ser este: Creio que somente na Igreja Católica subsiste a única Igreja de Cristo tal como ele a concebeu, com todos os elementos constitutivos de salvação, sem faltar nenhum, com a verdade sem erro da Palavra de Deus e sua reta interpretação, com a fé verdadeira. Ou seja, a verdadeira Igreja de Jesus.
Dizendo isto não estamos de maneira nenhuma desmerecendo as outras denominações cristãs. Mas está é a fé bi-milenar da Igreja Católica e, portanto, a de cada católico. Assim o católico entende a si mesmo e a Igreja. Acreditamos que existem elementos de salvação e de verdade em outras denominações cristãs, mas de maneira parcial. Na Igreja Católica, como já dissemos, está tudo o que Cristo quer para Sua única Igreja.
Não nos sentimos melhores que os outros, nem superiores, mas apenas convencidos de uma realidade que não merecemos, mas nos foi dada, e por isso temos responsabilidade em administrarmos, conservarmos e anunciarmos com zelo. Esta convicção profunda exposta com clareza e honestidade não dificulta o necessário e importantíssimo ecumenismo, nem o torna uma espécie de proselitismo disfarçado. Pelo contrário, somente com a esta liberdade fraterna e caridosa de relatar como cada um se entende e em que realmente crê é que se pode fazer um frutuoso e verdadeiro ecumenismo.
Tampouco é um desrespeito aos irmãos não católicos, porque é um relato sincero e caridoso do que a consciência católica profundamente crê.
Como entender, portanto, que um católico deixe sua Igreja porque houve em outro lugar promessa de cura, de emprego, de terminar com alguma dor. Ou porque foi mais bem acolhido em outra comunidade não católica. Ou porque se desgostou com o padre ou com algum irmão e passou para outra denominação. Ou porque não consegue viver alguma exigência da fé católica. Ou porque seu cônjuge vai à outra religião, e pressiona para que a outra parte o acompanhe. (Ninguém tem o direito de impedir alguém professar a religião que preferir; é uma profunda injustiça impedir alguém seguir sua consciência). E a única coisa que nos deve fazer procurar uma religião ou denominação cristã é a busca da Verdade. Qual é e onde está a Verdade sobre Deus e nossa existência?
Neste sentido não é possível dizer: “Eu sigo Cristo, não uma Igreja”; ou “É Cristo quem salva, não a Igreja”. Pois a fidelidade a Cristo passa necessariamente pela pertença a Igreja que Ele fundou e que subsiste apenas e plenamente na Igreja Católica Apostólica e Romana, que tem o Sucessor de Pedro como cabeça visível. A ele e a esta Igreja Jesus disse: “O que ligares na terra será ligado no céu, o que desligares na terra será desligado no céu”. Vê-se assim que a Igreja não é algo sem importância e indiferente para Jesus Cristo. Pelo contrário, o Senhor chega a identificar a Igreja Consigo: “Quem vos ouve a Mim ouve, quem vos despreza a Mim despreza” (Lc 10, 16).
Um cristão tem de ser coerente com o que professa. Neste sentido um cristão não pode participar de cultos espíritas ou de Loja Maçônica, porque não se trata apenas de não estar em plena comunhão com a Igreja – como no caso das outras denominações cristãs – mas de seguir doutrinas incompatíveis com as coisas mais elementares e importantes que Jesus nos ensinou.
É importantíssimo levar Cristo as pessoas, mas o Cristo genuíno. Portanto é urgente sermos missionários da fé católica. Vivermos com toda profundidade e a alegria nossa fé e transmiti-la. Como São Paulo que foi pregador incansável da Palavra de Deus, anunciada por ele como fé católica, também nós devemos combater o bom combate e anunciar integralmente a mensagem.
Gostaria de pedir com todo meu coração a todos vós que rezeis com amor e ardor, constantemente pelo Papa. Sempre e seja quem for o Papa. Sobretudo neste momento de dor e perseguição que a Igreja sofre. Na primeira leitura vemos que quando os primeiros cristãos rezaram pelo Papa Deus o libertava para que servisse as ovelhas de Cristo. Ajudemos o Papa com nossa oração e fidelidade no seu serviço à Igreja e ao mundo.
Nosso Bispo está nos pedindo por ocasião do Centenário da Diocese mais compromisso, Eucaristia e missão. Que aumentemos nosso compromisso com Cristo e Sua Igreja. Que sejamos mais missionários de Cristo e da Sua Igreja. Só conseguiremos isso com mais Eucaristia.
Entrego à Virgem Maria a Paróquia de Piratini, que é Dela, para que nos conceda uma sólida fidelidade ao Papa, uma união incondicional com Igreja, e uma difusão frutuosa da fé católica nestes nossos pagos, para o bem e a salvação de todos. Somente uma devoção profunda, correta e sólida a Nossa Senhora poderá fazer com que permaneçamos verdadeiramente católicos, cresçamos nesta Fé e a difundamos com eficácia.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Homilia, quarta, 30 de junho, XII semana Tempo Comum
No evangelho de hoje chama-nos atenção que enquanto Jesus liberta dois homens escravizados e oprimidos pelo demônio, a população daquela região perde uma grande quantidade de porcos – marcos chega a falar em números: 2000.
Jesus, por certo, poderia ter libertado estes dois sem que se perdessem estes animais. Mas sua sabedoria infinita dispôs que acontecesse deste modo.
É como se a perda destes porcos fosse o preço da libertação destes possessos.
Sem dúvida que o preço da libertação deles é o preciosíssimo sangue do senhor. Mas em seu desígnio eterno deus requer a participação humana na obra da sua salvação.
São Paulo chega a afirmar que sofre como em dores de parto na formação de novos discípulos de cristo (cf. Gal. 4, 19). Cristo pede a doação de sua vida e seu sofrimento para que o espírito santo converta e santifique os corações dos homens de sua época: “completo na minha carne o que falta das tribulações de cristo pelo seu corpo que é a igreja” (col. 1, 24).
Jesus chegou com todo seu amor, com todo seu carinho àquela região dos gadarenos, fez algo impressionante: libertou aqueles dois, mas o povo de lá o mandou embora porque olhou mais para a perda material e menos para o deus eterno que estava no meio deles, carregado de graças e bênçãos.
A recepção da salvação de deus vai necessariamente significar abrir mão de algumas coisas. Que grandes bens eternos perderam os gadarenos!
E nós aqui em Piratini? Pensar na salvação dos nossos irmãos significa em primeiro lugar que nós devemos seguir mais de perto cristo. E por isso mesmo, temos de abrir mão de algumas coisas, para que a graça de deus atinja nossos irmãos e amigos que estão afastados do caminho.
Sempre custa alguma coisa. Mas se formos generosos a salvação de deus vai avançando. Gastar nosso tempo nos trabalhos apostólicos, na catequese, na preparação da liturgia, no serviço dos mais pobres, dos doentes, empregar nossos meios materiais para a glória de deus – evangelização, pobres, culto divino – e não para nossos caprichos desnecessários...
Cem anos de diocese, duzentos de paróquia. Tempo de renovação. Que bom se respondêssemos com generosidade às graças deus e nos tornássemos cristãos com coração de pobres, desprendidos, cuja única riqueza e desejo – mesmo que tenhamos muitos bens materiais – fosse deus. Ele está presente na eucaristia. Nossa senhora da conceição, nossa mãe, tu que não recusaste nada a deus, mesmo a tua vida e a do teu filho, ajuda-nos na nossa conversão. Amém.